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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Anotações da Exposição de Filipenses 1:9-11, Sermão nº 5

Anotações da exposição de Filipenses.

Por

Pr. Silas Roberto Nogueira


"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vós, ficar na carne. E, tendo esta confiança, sei que ficarei, e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé, Para que a vossa glória cresça por mim em Cristo Jesus, pela minha nova ida a vós".

(Filipenses 1.9-11)

INTRODUÇÃO


Na semana passada tratei com os irmãos de como o apóstolo Paulo reagia aos sofrimentos (v.12,13), como reagia a oposição (v.14-18) e como reagia ao futuro incerto (v.19,20). Em cada uma dessas circunstâncias Paulo se comporta de maneira exemplar e digna de ser imitada. Como as pessoas não mudam o que é válido para Paulo é para o cristão hoje. O que realmente importa é a atitude em cada uma dessas circunstâncias.

Nesta noite quero avançar um pouco mais na questão das atitudes de Paulo. Focalizarei, no entanto, outros aspectos. A tese é a mesma, isto é, quem tem Cristo como centro de sua vida reage de uma maneira que faz toda a diferença e demonstra quem de fato é. O cristão não é diferenciado do incrédulo pelo que deixa de fazer, como se o cristianismo fosse uma religião negativa. Ao contrário o cristão é diferenciado pelo que ele faz, quando os outros não sabem o que fazer. Especialmente em três instâncias – pelo que viver, pelo que morrer e o que fazer.

1. PAULO É ALGUÉM QUE SABE PELO QUE VIVER, vv. 21,22.
“O viver é...” – que significa? Há muitos conceitos sobre o que é viver. O homem comum existe; alguns vivem pelo prazer; outros se conformam a tudo com uma indiferença estóica; os místicos vivem em busca de experiências espirituais; outros pelas suas famílias; os humanistas para fazer o bem; o religioso pela atividade na igreja ou religião; A vida consiste do que eu penso e na esfera dos meus interesses. Paulo diz que Cristo é sua razão de existir:

(1) tem a Cristo como seu único valor (3:4-10); (Mt.6:21) Lutero disse que o deus de um homem é o que ele ama.
(2) tem a mente e sentimento de Cristo (2:5-11; 1 Co.2:16);
(3) tem sua força emanada de Cristo (4:13);
(4) tem Cristo como sua fonte de alegria (3:1). Mathew Henry diz “a glória de Cristo deveria ser o fim da nossa vida, a graça de Cristo, o princípio de nossa vida, e a Palavra de Cristo a regra da mesma”.

O Conde Zinzendorf declarou: Tenho uma só paixão: Ele, somente Ele”.

Pelo que temos vivido? O cristão é aquele que sabe pelo que viver, e seu viver é Cristo. Porventura podemos dizer isso hoje?

2. PAULO É ALGUÉM QUE SABE PELO QUE MORRER, vv. 23

“partir e estar com Cristo...melhor” – que significa? Milhares de pessoas a cada ano põem fim às suas vidas por que não sabem lidar com as dificuldades. No passado o Japão tinha os guerreiros kamikazes que se suicidavam pela sua pátria, entre os mulçumanos o suicídio de jovens é incentivado em troca de um paraíso sensual; muitos morreram em revoluções para implantar o comunismo. Posso dizer que todas essas morte foram vãs. Por uma única razão, eles morreram por uma ideologia, nada além de uma idéia fixa em suas mentes. Essa ideologia não poderá ressuscitá-los ou trazê-los da tumba. Não é só preciso saber pelo que viver, é preciso saber pelo que morrer. Paulo estava disposto a enfrentar o martírio por Cristo, viu a sua morte como “algo muito melhor” (v.23):

(1) a morte perdeu seu terror quando conquistada por Cristo;
(2) a morte o colocaria diretamente com Cristo; (“estar com Cristo”, v.23)
(3) há a certeza da ressurreição (3:11)
(4) sua morte seria um sacrifício, nisto ele poderia alegrar-se (2:17; 2 Tm.4:6)

Jim Elliot deu a sua vida para pregar aos aucas, Peru.

Pelo que estamos dando as nossas vidas? O cristão é aquele que sabe pelo que dá a sua vida.

3. PAULO SABE O QUE TEM QUE FAZER, v.24-26

Paulo está convencido de que será liberto de sua prisão à luz do fato de que as igrejas, especialmente a de Filipos ainda precisa dele. Não é uma intuição, mas certeza – “estou convicto” (25) – ele sabe o que tem que fazer:

(1) ele usará cada oportunidade para frutificar (22);
(2) sua estada entre os crentes visava o seu progresso e alegria (25);
(3) sua permanência com vida implicaria em seu próprio progresso espiritual (3:12-16). Paulo sabia que sua vida era essencialmente uma vida de serviço, afinal ele se considera “escravo”.

Corrie tem Boom serviu com sua casa.

Porventura sabemos o que fazer com o precioso tempo que o Senhor nos concede? O cristão é aquele que sabe o que deve fazer e faz.

Conclusão

Podemos dizer como Paulo: Para mim o viver é Cristo, minha razão de viver é Cristo, de tal modo estou envolvido com Cristo que morrer para estar com Ele é lucro?

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